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brainstorming
Por Fábio Portela

Brainstorming é uma técnica de expansão da criatividade para solucionar determinados problemas. Trata-se de uma ferramenta elaborada na década de 1950 e que se tornou muito popular após a publicação do livro Applied Imagination, de Alex Osborn (1953).

No post de hoje, explico o que é brainstorming. Descubra como essa técnica importante de estímulo da criatividade pode ser utilizada para elevar a qualidade de sua pesquisa!

O que é Brainstorming

Originalmente, o brainstorming foi concebido como uma técnica de criatividade em grupo. Por essa razão, os membros são convidados a propor espontaneamente uma lista de ideias (uma verdadeira chuva de ideias), a fim de resolver um determinado problema. Além disso, é importante que os membros não se constranjam. As ideias devem ser livres, espontâneas. Portanto, não há ideias boas ou ruins; apenas ideias.

Cada sessão deve ser utilizada para estimular ideias quanto à solução de um único problema. Evite sessões de brainstorming para múltiplos problemas, porque isso pode confundir você e o resultado não será tão satisfatório.

Princípios básicos do brainstorming

De acordo com Osborn, dois princípios contribuem para a eficiência do brainstorming:

1. Se abstenha de julgar: nós devemos evitar a crítica até que o processo criativo tenha tido oportunidade de florescer adequadamente. De acordo com Osborn, temos duas mentes: uma “imaginativa”, criativa, e uma “julgadora”, que busca criticar e avaliar.

É importante se abster de julgar, no primeiro passo do brainstorming, para que se possa dar ampla oportunidade de que as ideias apareçam e floresçam. Uma ideia originalmente ruim pode se provar, mais tarde e após o processo de refinamento, uma abordagem inovadora e espetacular sobre qualquer tema.

Evite a tentação de produzir novas ideias e avaliá-las ao mesmo tempo. Isso pode ser, inclusive, uma fonte de bloqueio mental. Com efeito, toda a criatividade é bloqueada por juízos críticos antes mesmo de ter dado algum fruto que poderia ser posteriormente explorado.

2. Busque quantidade – quanto mais ideias, melhor: a ideia do brainstorming é provocar uma tempestade de novas ideias. Literalmente, o termo brainstorming significa “tempestade cerebral” ou, no caso, tempestade criativa.

O objetivo da ferramenta é fazer com que os membros do grupo se dediquem a contribuir com o máximo possível de novas ideias, independentemente de sua qualidade. Para que isso aconteça, é preciso reduzir inibições sociais no grupo, estimular a geração de ideias e a criatividade geral do grupo.


As quatro regras de processos de brainstorming

Por isso, Osborn sugeriu quatro regras gerais de processos de brainstorming, baseadas nos dois princípios gerais:

I. Quantidade: quanto maior o número de ideias, maior a chance de produzir uma solução inovadora, efetiva e radical para o problema examinado.

II. Segure a crítica: deixe as ideias fluírem. Suspenda o julgamento. A crítica é deixada para um momento posterior, quando as ideias serão avaliadas.

III. Aceite ideias radicais: é encorajado aceitar ideias radicalmente diferentes e inovadoras, que podem levar a soluções inicialmente inaceitáveis.

IV. Combine e desenvolva as ideias: O processo de associação pode levar a soluções radicalmente efetivas, ao combinar a força de duas ou mais ideias na discussão de um determinado problema.

De acordo com Osborn, o ideal seria realizar duas sessões para um processo de brainstorming. A primeira seria apenas dedicada à produção inovadora de ideias. Depois – eventualmente, algumas horas depois, ou mesmo em outro dia – as ideias seriam avaliadas e criticadas, procedendo-se à seleção das melhores ideias.

Não por menos, o famoso escritor Ernst Hemingway gostava de escrever pela manhã e depois, à tarde, revisava seu texto. Primeiro, deixe seu lado criativo falar, sem ressalvas, sem críticas e limitações. Depois, critique e avalie.

Brainstorming individual

Originalmente, o brainstorming foi concebido como técnica de solução de problemas em grupo. Mais recentemente, a técnica tem sido utilizada para também ajudar indivíduos a estimular sua criatividade e encontrar soluções inovadoras para outros problemas.

Na verdade, há boas razões para acreditar que o processo individual pode ser ainda melhor que o brainstorming em grupo. Estando em grupo, é alta a chance de cada membro se sentir constrangido pelas opções sugeridas pelos demais, o que eleva a probabilidade de soluções convergentes emergirem. Individualmente, esse constrangimento não existe.

O processo individual é basicamente o mesmo do utilizado para o brainstorming em grupo. Dedique uma primeira sessão para formular alternativas criativas, sem criticá-las. Dê fluxo a sua criatividade, pense em opções não convencionais. O objetivo da primeira etapa é justamente dar asas a sua imaginação.

Apenas depois submeta seu processo criativo à sua autocrítica, selecionando as melhores ideias e descartando as piores. Mas atenção: saiba porque você descartou ou selecionou cada ideia. Uma ideia não pode ser boa apenas em virtude de você considerá-la bonita ou interessante. É preciso apresentar razões para selecioná-la ou descartá-la.

Uma boa estratégia, na verdade, é executar uma sessão de brainstorming misto. Na primeira etapa, você desenvolve ideias individualmente, sem apresentar críticas a elas. Na segunda etapa, você se reúne com um grupo de pessoas que avaliará e criticará suas próprias ideias. Em contrapartida, você avaliará criticamente as ideias apresentadas por outras pessoas que estão enfrentando o mesmo problema. Basicamente, é o que se faz em um grupo de Mastermind.

Como você pode utilizar o brainstorming em sua pesquisa acadêmica?

Existem várias formas de utilização do brainstorming na pesquisa acadêmica. Desde o projeto de mestrado ou doutorado até a redação de um texto acadêmico, são várias as possibilidades. Como eu costumo utilizar o brainstorming para meus trabalhos acadêmicos?

Sempre que tenho um tema sobre o qual escrever, costumo fazer várias sessões de brainstorming individual – uma para cada etapa da pesquisa.

Normalmente, executo uma primeira sessão na qual delineio a estrutura geral do trabalho. Que tópicos devo abordar? Que autores devo usar?Qual o marco teórico? Qual o problema de pesquisa?

Depois, definida a organização mais geral do texto, parto para o brainstorming referente a cada etapa. Por exemplo, se estou buscando organizar uma dissertação de mestrado, a primeira sessão será destinada a escolher os tópicos de cada capítulo do trabalho. Digamos que eu tenha definido 4 capítulos para a dissertação. Eu terei, a partir daí, 4 sessões de brainstorming – uma para cada capítulo -, destinadas a estruturar os temas a serem abordados em cada sessão.

O projeto de pesquisa, necessário a uma dissertação ou tese, merece especial destaque. Cada elemento metodológico do projeto pode ser objeto de uma sessão de brainstorming.

Caso você não tenha em mente ainda qual o tema de pesquisa a ser abordado, deve começar por ele. Realize uma sessão apenas para definir temas possíveis de pesquisa e, a partir daí, aprofundar a escolha por um deles. E não se esqueça da possibilidade de associar dois ou três dos temas que resultaram da sessão, proporcionando uma oportunidade única de ter uma pesquisa inovadora e especialmente relevante!

O mesmo pode ser feito para cada uma das outras etapas da pesquisa. Definição do problema, hipótese e objeto também podem ser escolhidos em uma sessão de brainstorming.

brainstormingA utilização de mapas mentais para gerar uma chuva de ideias é extremamente recomendada para o brainstorming individual em projetos acadêmicos. Com efeito, os mapas mentais permitem estruturar visualmente um conjunto de informações. Nesse processo, é possível estabelecer uma hierarquia entre as diversas ideias.

1. Depois de realizar a primeira etapa de fomento à criatividade, é hora de buscar organizar a informação produzida. Pegue uma folha de papel (ou use um programa de Mindmap), a fim de escrever o tópico principal no centro da folha.

2. Ao redor do centro, escreva os conceitos, termos e ideias que podem ser associados ao tópico central. Escreva-os sucessivamente, sempre ao redor do tempo, estruturadamente. Por fim, ligue cada ideia secundária com uma linha cada termo/conceito/ideia ao tópico central.

3. Ao redor de cada conceito, relacione termos/conceitos/ideias que podem ser associados a ele, ligando-os também com uma linha.

4. Estabeleça relações entre um conceito e outro. Em seguida, circule os conceitos que podem ser relacionados a outros que estejam em outras linhas hierárquicas, estabelecendo várias possibilidades de relacionamento entre os tópicos. Mas não se preocupe com a “bagunça”. Para visualizar melhor o resultado e, se possível, use canetas de cores diferentes para assinalar essas relações.

5. A partir de todas essas relações conceituais, é perfeitamente possível que você tenha à disposição boa parte do que precisará executar na produção do seu texto acadêmico. Por fim, basta definir a ordem em que os assuntos devem ser abordados, o que também fica mais fácil a partir da visualização espacial do mapa mental.

Você já utilizou alguma das técnicas descritas em uma pesquisa acadêmica? Conte-nos sua experiência com o brainstorming!

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Fábio Portela

Minha missão é impulsionar seu sucesso acadêmico. Do projeto de pesquisa à tese de doutorado, ensino estratégias que facilitam o caminho de quem deseja seguir na carreira acadêmica.

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